04/10/2021
Fabricante de produtos da área de saúde Indusbello vai lançar três soluções desenvolvidas por professores do Departamento de Odontologia Restauradora
Novas réguas visam facilitar procedimentos de estética dentária e devem ser lançadas dentro de quatro meses (Foto: Divulgação)
A Indusbello, fabricante de produtos da área de saúde, e a Universidade Estadual de Londrina (UEL), assinaram neste mês um acordo de transferência de tecnologia para o lançamento de três novos produtos odontológicos. As soluções foram desenvolvidas por professores do Departamento de Odontologia Restauradora da UEL, passaram pela Agência de Inovação Tecnológica da universidade (Aintec) e devem chegar ao mercado dentro de quatro meses.
Os três produtos já têm patente depositada e são destinados a procedimentos de estética dentária: régua milimetrada para fotografia, régua milimetrada de proporção áurea e régua milimetrada de proporção individual.
“Nós temos um programa de formação complementar em que ensinamos como usar os conhecimentos de proporção áurea e proporção individual na estética dentária e harmonia do sorriso. E percebemos como é difícil para os profissionais e estudantes calcularem essa proporção, pois envolve muita matemática. Daí veio a ideia de criar um instrumento que facilitasse esse processo”, detalha a professora Adriana de Oliveira Silva, que desenvolveu os produtos com outro docente da UEL, Hebert Samuel Carafa Fabre.
Leonardo Beni, diretor da Indusbello, conta que a empresa soube das soluções por meio de outra professora da universidade, participante das governanças do ecossistema de inovação de Londrina.
“Havia sido transferido esse conhecimento para a Aintec para que fossem gerados um projeto e um registro de propriedade intelectual. Foi quando fomos recomendados, como uma empresa que atua na área odontológica e hospitalar. Agendamos na Aintec com os professores idealizadores para conversar, entender um pouquinho do projeto, tinha nossa aderência também, know-how, nossa expertise como indústria, e nessa conversa acabou que houve essa conexão em relação à tecnologia, ao que a gente faz e ao mercado em que a gente atua”, descreve.
A Indusbello e os pesquisadores desenvolveram protótipos para validar as soluções e depois foi definida a transferência de tecnologia. Os produtos, que agora serão registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já despertam interesse no mercado, segundo Beni.
“Com a divulgação da notícia da transferência de tecnologia, já vimos um grande interesse da classe odontológica nesse projeto. Até abrimos uma lista de pré-lançamento por conta dessa divulgação e temos recebido vários nomes de pessoas interessadas, para que sejam avisadas quando estiverem disponíveis os produtos”, afirma o diretor.
A UEL informou que este foi o quarto contrato de licenciamento de tecnologia formalizado pela universidade via Aintec e o primeiro após a aprovação da Política de Inovação de Ciência e Tecnologia da instituição, no início de setembro.
Para a Indusbello, que já tinha uma parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para inserção de alunos na indústria e transmissão de conhecimento para a implantação de novas tecnologias, o acordo com a UEL representa um aprofundamento na política de inovação da empresa, que, segundo Beni, tem se desenvolvido muito por meio de contatos com profissionais liberais e universidades, com a procura por novos formatos de interação, tanto por demanda da companhia quanto por demanda de potenciais parceiros.
“Temos recebido muitos contatos de pesquisadores, universidades, pela abertura que a gente tem no nosso programa de inovação aberta, fazemos muitas propostas e a partir delas é que a gente começa a fazer essas extrações, entender os projetos, ver se têm adesão, algumas ideias que surgem nessas conversas geram projetos de cooperação”, explica o diretor.
“E também em Londrina temos muitos contatos dentro do ecossistema de inovação, participamos de algumas governanças, essa interação com as universidades, com os professores surge muito por conta desse trabalho também.”
Fonte: Portal Futurista
Deixe um Comentário