22/08/2019
Falar de segurança cibernética deixou de ser uma discussão isolada há algum tempo. Segundo o Relatório de Crimes Cibernéticos Norton, no Brasil seis entre dez computadores do País estão infectados com algum tipo de malware. Às portas da Indústria 4.0, período de muita conectividade e automação para as empresas, um dos principais desafios é modernizar a rede de informações trocadas no ambiente de negócios para além dos antivírus, tornando o ambiente seguro e longe de ataques cibernéticos, que podem custar milhões de reais se houver perda ou troca de informações, por exemplo.
Pioneirismo
Na região Norte do Brasil, o único laboratório em Segurança de Dados em constante funcionamento encontra-se em Manaus, na sede do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT). O coordenador do espaço, Marcelo Leite, explica que o objetivo do laboratório é promover serviços de alta tecnologia, que atendam à crescente demanda de indústrias locais e nacionais, nesse período de transição tecnológica tão importante para o desenvolvimento econômico do País.
“Quando se fala sobre Segurança Cibernética (SC), pode vir à mente a visão de algum invasor vindo de fora da plataforma, porém não é o que mais acontece. Com os avanços da indústria 4.0, a infraestrutura tecnológica das empresas estará cada vez mais conectada, mas a realidade é que seus executivos ainda não estão se preocupando com a troca de informações, com quem tem acesso para alterar o quê, por exemplo. O objetivo do serviço prestado pelo INDT concentra-se em atuar como um braço de apoio para dar suporte a esta transição de forma suave e segura”, afirma.
Monitoramento inteligente
O laboratório atua identificando padrões. A partir de soluções de monitoramento de rede, uma grande massa de dados é coletada continuamente e processada no Data Center do INDT, onde são realizadas complexas operações de análises de dados e criados modelos comportamentais bem específicos dos fluxos de informações. “A partir daí, é possível identificar ‘anomalias’ na rede, ou seja, qualquer tipo de variação fora daquela troca rotineira de informações”, completa Leite.
Consultoria especializada
Marcelo Leite explica que um dos primeiros passos para implementar o modelo de segurança é fazer um levantamento da infraestrutura atualizada do cliente para detectar todos os pontos possíveis que podem sofrer tentativas de invasão ou outros tipos de operações inválidas na rede. A partir da catalogação do inventário de hardware e software, é gerado um relatório que aponta quais pontos falhos precisam ser corrigidos para poder haver a integração com o laboratório. “É onde entramos efetivamente; mantendo contato frequente com a equipe de TI da empresa. É importante compreender que um centro de operações em segurança não é a solução dos problemas, mas uma extensão da segurança, imprescindível em tempos de modernização”, analisa.
Para assegurar que os serviços prestados e tecnologias desenvolvidas estejam à frente das estratégias cada vez mais sofisticadas de ataques virtuais, é essencial o desenvolvimento de parcerias com instituições estratégicas, como a TI Safe, empresa fornecedora de produtos e serviços de qualidade para segurança cibernética de infraestruturas críticas. Outro player importante, parceiro do INDT desde 2017, é a Elta, empresa com elevada reputação internacional e vinculada à Indústria Aeroespacial Israelense. A empresa é considerada uma das maiores desenvolvedoras em defesa eletrônica para militares e seus executivos têm realizado diversas atividades de intercâmbio de experiências com o INDT, fortalecendo o nível técnico e a qualidade dos serviços prestados pelo laboratório.
“Estamos fazendo investimentos para a conscientização empresarial daqui, à medida que a manufatura precisa passar pelos estágios de evolução 4.0, implementando soluções mais robustas de Internet das Coisas, Smart Cities, etc. Queremos trazer para Manaus um complexo de Segurança Cibernética bastante preciso tecnicamente. A otimização do nosso laboratório de Cloud e Big Data é uma etapa importante deste processo” – finaliza.
Fonte: Indústria 4.0 – Inovação e Processos.
Deixe um Comentário