Depósitos em potencial no Brasil abrem espaço para o país se tornar potência mundial na produção do minério
Considerado um metal de transição energética, o lítio tem chamado a atenção de empresas do setor privado, instituições de pesquisa e governos por conta da crescente demanda por veículos elétricos no mundo que tende a seguir alta neste século.
A afirmação é da professora e pesquisadora Carina Ulsen, coordenadora da pesquisa de caracterização das formas de ocorrência do lítio em pegmatito, desenvolvida no Centro Multiusuário do Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT), sediado na Escola Politécnica da USP.
Dentre as principais justificativas para esse aumento na demanda por lítio (Li2O), a professora aponta a necessidade de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) e a possibilidade do nível dos depósitos de combustíveis fósseis atingirem patamares preocupantes no longo prazo.
“É um alerta da comunidade internacional que pode trazer ganho de consciência ambiental, ao mesmo tempo que abre espaço para um mercado focado em energia mais limpa, sendo o lítio um metal importante para a transição energética”, diz.
afirmação da coordenadora do LCT pode ser corroborada a partir dos números. Isso porque a venda de carros elétricos representou 15% do total de veículos vendidos em 2022 no mundo, o que corresponde a 847 mil veículos emplacados, conforme dados da EV-Volumes.
No Brasil, no mesmo ano, as vendas de carros elétricos e híbridos (movidos a energia elétrica e etanol) atingiram o número recorde de 49.245 emplacamentos, alta de 41% na comparação com 2021, ano em que foram vendidos 34.990 veículos no país, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
No entanto, apesar da preocupação ecológica que justifica o aumento da demanda por lítio, Carina destaca que a extração e produção desse mineral não é isenta de impactos ambientais. “Por isso entendemos que a caracterização dos minérios é essencial para identificação das formas de ocorrência dos minerais de interesse e para o desenvolvimento de rotas de processamento de menor impacto ambiental possível”.
A caracterização do minério pode ser entendida como a etapa que busca identificar os componentes, a qualidade e textura do material analisado, como ocorreu no estudo desenvolvido pelos pesquisadores. Segundo a professora, a etapa também é uma das maneiras mais seguras para identificar o potencial econômico de amostras mineralógicas.
“Na pesquisa, analisamos dez amostras justamente com o intuito de identificar o potencial econômico do material, a partir dos elementos que o compõem, como é o caso da rocha pegmatítica que contém o minério lítio.”
Brasil: A próxima potência na produção em lítio?
No artigo científico publicado, a pesquisadora, juntamente com a equipe de pesquisadores egressos do LCT: Renato Contessotto, especialista de microscopia na Carl Zeiss, e Marco Timich, especialista de microscopia na TechInsights, Canadá, apontam que os depósitos de pegmatitos enriquecidos em lítio do Brasil são estratégicos para a economia nacional por conta da crescente demanda por veículos elétricos.
A observação dos pesquisadores vai de encontro ao relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado em 2022, que afirma que a demanda por baterias de veículos eletrificados passará de 340 giga-watts/hora (GWh) para 3.500 GWh até 2030.
“Esses números só reforçam a tese de que já estamos vivendo uma corrida pelo lítio e de que esse mineral é de interesse estratégico para o Brasil, tal qual é para a Austrália, Chile, China e Argentina, atualmente os maiores produtores de lítio do mundo”, analisa o pós doutorando Hudson Queiroz.
No entanto, apesar da preocupação ecológica que justifica o aumento da demanda por lítio, Carina destaca que a extração e produção desse mineral não é isenta de impactos ambientais. “Por isso entendemos que a caracterização dos minérios é essencial para identificação das formas de ocorrência dos minerais de interesse e para o desenvolvimento de rotas de processamento de menor impacto ambiental possível”.
A caracterização do minério pode ser entendida como a etapa que busca identificar os componentes, a qualidade e textura do material analisado, como ocorreu no estudo desenvolvido pelos pesquisadores. Segundo a professora, a etapa também é uma das maneiras mais seguras para identificar o potencial econômico de amostras mineralógicas.
“Na pesquisa, analisamos dez amostras justamente com o intuito de identificar o potencial econômico do material, a partir dos elementos que o compõem, como é o caso da rocha pegmatítica que contém o minério lítio.”
Brasil: A próxima potência na produção em lítio?
No artigo científico publicado, a pesquisadora, juntamente com a equipe de pesquisadores egressos do LCT: Renato Contessotto, especialista de microscopia na Carl Zeiss, e Marco Timich, especialista de microscopia na TechInsights, Canadá, apontam que os depósitos de pegmatitos enriquecidos em lítio do Brasil são estratégicos para a economia nacional por conta da crescente demanda por veículos elétricos.
A observação dos pesquisadores vai de encontro ao relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado em 2022, que afirma que a demanda por baterias de veículos eletrificados passará de 340 giga-watts/hora (GWh) para 3.500 GWh até 2030.
“Esses números só reforçam a tese de que já estamos vivendo uma corrida pelo lítio e de que esse mineral é de interesse estratégico para o Brasil, tal qual é para a Austrália, Chile, China e Argentina, atualmente os maiores produtores de lítio do mundo”, analisa o pós doutorando Hudson Queiroz.
Fonte: CNN
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