30/06/2020
Nesta terça-feira (30), webinar reunirá empresas para contar suas experiências ao desenvolver projetos cooperativos
A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) superou a marca de 100 projetos de PD&I cooperativos. Nesta modalidade, empresas que tenham necessidades comuns, inclusive concorrentes, se unem para o desenvolvimento conjunto de produtos ou processos. Ao todo, 240 empresas foram beneficiadas e quase R﹩ 130 milhões investidos em inovação.
Para que mais empresas conheçam o modelo operacional, sobretudo neste momento de retomada econômica, a EMBRAPII vai realizar o Webinar “Projetos Cooperativos: união entre empresas fortalece inovação no Pós-Covid-19”, nesta terça-feira (30), às 10 horas. No encontro, as empresas FCA Fiat, ELO Componentes Eletroquímicos e ABAL (Associação Brasileira de Alumínio) vão detalhar a experiência em realizar projetos cooperativos em parceria com a EMBRAPII. Inscreva-se aqui!
O desenvolvimento de projetos cooperativos traz múltiplas vantagens: divisão de esforços, conhecimento, custos e riscos em um âmbito pré-competitivo. A cooperação pode ser realizada entre empresas que pertencem a mesma cadeia produtiva, que pode gerar novos produtos e processos que beneficiem todo o setor. Outra grande aposta da EMBRAPII, ainda pouco usual no país, é unir empresas concorrentes em projetos de PD&I, em que dividem custos, mas cada um é dono da tecnologia decidindo a melhor forma de utilizá-la no mercado. Além disso, a EMBRAPII incentiva o encontro entre startups e empresas consolidadas. Esta medida potencializa a competitividade da indústria brasileira, abre mercado a empreendedores e permite que grandes empresas renovem o seu modelo produtivo com conhecimento de vanguarda.
Em geral, o financiamento da EMBRAPII é de até um terço do valor do projeto com recursos não reembolsáveis, o restante é dividido entre a empresa e a Unidade EMBRAPII, centros de pesquisa que integram a rede de inovação da instituição. Para projetos cooperativos que envolvam Pequenas e Médias Empresas, nas áreas de IoT/Manufatura 4.0 e também de Mobilidade e Logística, por exemplo, o aporte da EMBRAPII pode chegar até 50%.
Projetos do Webinar
A Elo é composta por um grupo de 11 pequenas e médias empresas que dividem os riscos de um projeto milionário. Concorrentes, os fabricantes de bateria de reposição se uniram para atender o mercado de veículos com sistema start-stop. Cada empresa investirá R﹩ 110 mil, em parcelas, durante dois anos, no projeto com custo total de R﹩ 3,7 milhões. O principal benefício será sobreviver em um mercado que deve se transformar radicalmente nos próximos três anos.
O sistema start-stop desliga o motor toda vez que o condutor para o veículo, em um semáforo por exemplo, e volta a ligar quando o motorista pisa no acelerador. Esse regime de funcionamento faz com que a bateria do carro seja mais exigida do que as tradicionais, as de partida. A projeção é que até 2021 todos os automóveis fabricados no país possuam o dispositivo. Apesar de estarem juntas na empreitada, cada empresa terá, ao final do projeto, um produto único.
Outro projeto EMBRAPII envolve a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, e outras entidades empresariais e fornecedores da indústria automobilística (CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Novelis, Aethra e 6PRO Virtual and Practical Process), que se uniram para o desenvolvimento de ligas de alumínio inovadoras, que propiciem redução de peso e maior resistência. A inovação dará maior segurança veicular e economia de combustível. Ligas de menor peso e baixa densidade, como o alumínio, contribui para a redução de emissões de CO2 e o desempenho energético dos automóveis.
A FCA também é umas das empresas associadas no projeto que será apresentado pela Abal, que uniu 14 empresas de três segmentos distintos (produção de alumínio, automobilístico e de transporte) para desenvolver um sistema para estudo comparativo de juntas de alumínio em estrutura de veículos automotivos. A simulação de juntas simples com uso de alumínio permite entender as bases de funcionamento das uniões utilizadas em veículos, seu comportamento estrutural e sua durabilidade em serviço.
Fonte: Embrapii
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