15/12/22
A Inovação Aberta tem sido um tema frequente no mundo dos negócios, para que se consiga inovar constantemente e se manter relevante daqui para frente. Neste artigo, saiba o que é realmente essa tal de Inovação Aberta, por que ela é tão importante e o que você precisa fazer para aplicar em sua empresa.
O que é Inovação Aberta?
O termo Inovação Aberta ou Open Innovation foi criado por Henry Chesbrough, no seu livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology, lançado em 2003. Segundo o próprio Chesbrough, Inovação Aberta é o uso de fluxos internos e externos de conhecimento para acelerar a inovação interna no seu negócio.
A inovação aberta é um paradigma que assume que as empresas podem e devem usar ideias externas bem como ideias internas para o mercado como eles olham para os avanços tecnológicos. Ela surgiu como um contraponto ao paradigma tradicional das empresas, onde os departamentos internos de Pesquisa e Desenvolvimento eram os únicos responsáveis pelo desenvolvimento de novos produtos.
Ideias raramente eram compartilhadas, sob o pretexto de que “alguém poderia copiá-la”. A Inovação Aberta leva em conta que o conhecimento está amplamente distribuído, ou seja, até mesmo os mais avançados departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento e os mais inovadores empreendedores e talentos do mundo devem buscar identificar e se conectar com fontes externas de conhecimento, alavancando o processo de inovação.
Inovação Fechada x Inovação Aberta
O paradigma clássico da inovação está diretamente ligado aos altos investimentos em departamentos de pesquisa internos, sem a participação de agentes externos. Esse modelo é chamado de Inovação Fechada, onde todos os esforços de inovação são internos à empresa, ou seja, passam pelo próprio funil da companhia.
Com o passar dos anos, as empresas começaram entender a importância da Inovação Aberta ao perceber que depender apenas de talentos internos para inovar era um tiro no pé. Hoje elas percebem que jamais apenas uma empresa terá toda a expertise para se manter inovando sem que precise de contribuições externas. No livro Open Innovation 2.0 de Martin Curley e Bror Salmelin ilustram a diferença entre os termos:
Nesse novo paradigma da Inovação Aberta, ao invés de empresas “fechadas” buscando inovar com esforços internos às suas próprias fronteiras, acontece o que Henry Chesbrough chama de Simbiose Coopetitiva.
Isso representa a junção de cooperação e competição, onde diversas empresas e indústrias, que habitam o mesmo ecossistema. Além de outros players que participam dessa coopetição, como governos, entidades públicas, usuários, clientes, universidades, startups e etc.
3 tipos de Inovação Aberta
Podemos categorizar pelo menos três tipos de inovação aberta. São eles: Inbound, Outbound e Acoplamento. Veja abaixo mais detalhes sobre cada um deles:
1. Inbound (Entrada)
O termo em inglês Inbound Open Innovation refere-se a uma inovação na qual uma empresa transforma ideias inovadoras criadas por outras entidades em sua própria criação de valor por meio de seu próprio processo de inovação.
Isso geralmente acontece quando combinado com tecnologia desenvolvida por outras empresas. Por exemplo, um aplicativo criado por uma startup pode transformar o atendimento ao cliente de um banco.
2. Outbound (Saída)
O termo Outbound Open Innovation refere-se a uma inovação que ocorre quando uma empresa desenvolve ativos derivados de seu processo de inovação e os disponibiliza a parceiros externos para desenvolvimento e/ou comercialização.
Por exemplo, quando uma empresa cria um produto ou serviço e o oferece a um parceiro de negócios para melhoria, ou mesmo quando assina um acordo comercial, agregando empresas parceiras ou apenas como canal de distribuição.
3. Acoplamento
Coupled Open Innovation é um termo que descreve um tipo de inovação que é resultado da união de duas ou mais empresas. O objetivo deste “casamento” é gerar conjuntamente ideias inovadoras para que as equipes possam explorar individualmente os ativos resultantes.
Os principais parceiros para programas de Inovação Aberta
A Inovação Aberta está diretamente ligada a parcerias. Não existe Inovação Aberta sem um bom relacionamento e uma boa “coopetição” com empresas de um mesmo ecossistema.
Os parceiros escolhidos para um programa de Inovação Aberta pode depender muito da estratégia e resultados esperados. Por isso, a Softex mapeou 11 dos parceiros mais comuns para esse tipo de conexão:
Inovação Aberta se tornou quase um sinônimo de relacionamento com startups, o chamado Corporate Venture. Até mesmo os demais tipos de relacionamento mais mencionados como as Universidades e hubs de inovação, em sua grande maioria também visam a conexão com startups como meio para se realizar inovação.
Pode-se mencionar também a relevância de se conectar a outras empresas, fornecedores, clientes, comunidades, coworkings, investidores de risco e até mesmo concorrentes. Na verdade, o grande poder da Inovação Aberta é a definição de modelos de negócios que combinem de forma sinérgica a relação entre diversos parceiros distintos, de forma simultânea, onde a presença e a atuação desses parceiros são fomentadas por uma grande rede de incentivos.
Fonte: AAA Inovação
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