Lecar Model 459 será o primeiro carro elétrico com produção em linha no Brasil
Inspirando-se no bilionário norte-americano Elon Musk, Flávio Figueiredo Assis, que nasceu na pequena cidade de Guaçuí, no interior do Espírito Santo, promete lançar o primeiro carro elétrico originalmente brasileiro. A ideia surgiu quando o advogado se deparou com a Lei 8.723, publicada em 1993, que regulamenta a redução de emissões de CO2 de veículos com prazo final em 2027, encerrando a utilização de motores a combustão em veículos automotores fabricados a partir de 2028.
Em 2022, vendeu sua empresa Lecard, uma administradora de cartões PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) que chegou a uma movimentação anual de R$ 1 bilhão, e em 02/02/2022, o empresário deu início à Lecar, com sede em Alphaville, São Paulo, e planta Industrial em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Atualmente o capital é 100% próprio, mas a expectativa é fazer o IPO (oferta pública inicial) em 2025.
Cerca de 35% das peças do Lecar Model 459, o primeiro veículo da companhia, serão importadas da China. Motores e baterias virão do fabricante chinês Wiston, que fornece também para a Volkswagen e Hyundai. O restante será produzido no Brasil. Em fevereiro, o carro, cujo protótipo está em desenvolvimento, segue para uma série de homologações em Londres, na Inglaterra, onde será submetido a avaliações de impacto, aerodinâmica e simuladores de segurança. Essa etapa terá duração de até nove meses. Depois disso, o produto entrará em linha de produção, devendo estar disponível ao mercado a partir de dezembro de 2024.
O Lecar Model 459 terá um custo de R$ 279 mil e autonomia de 400km por carga. A carga tributária é de 43%. A empresa também planeja a criação do Lecar POP, uma versão popular e com o uso de baterias e motores elétricos produzidos no Brasil que, com os mesmos incentivos fiscais aos elétricos existentes em diversos países, teria o custo estimado de R$ 100 mil e autonomia de 200km por carga. A estimativa é produzir 300 veículos por mês já no primeiro ano de fabricação, gerando 600 empregos diretos e R$ 1 bilhão de faturamento. O foco das vendas será a Grande São Paulo, especialmente entre a capital, Campinas e São José dos Campos
Fonte: Siderurgia Brasil
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