08/09/2021
Lançada no início do ano passado, a plataforma OpenMEI, de Curitiba, ganhou visibilidade em 2021 e se prepara para aumentar em mais de seis vezes a clientela até o final de 2022. Recentemente, a empresa venceu na categoria revelação o Prêmio Startups do Paraná, na regional Leste do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no estado. Também foi incluída no Rocket, reality show de empreendedorismo e inovação da RPC TV.
Albari Gruner, CEO da OpenMEI, relata que a ideia da startup nasceu da percepção de que o grande crescimento do número de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil é um fenômeno que deve se manter nos próximos anos.
“Tínhamos outro negócio, que atendia pequenos empreendedores, não tinha nada a ver com contabilidade, com a OpenMEI. Começamos a conhecer um pouquinho esse público, as dores dele, o que ele passava no dia a dia. Daí veio a ideia de uma plataforma para apoiar o microempreendedor individual de uma forma simples, prática, rápida”, justifica.
Em 2019, foi estruturado um mínimo produto viável (MVP); em janeiro de 2020, foi lançada a OpenMEI, plataforma que cumpre as obrigações burocráticas do microempreendedor individual: abertura ou regularização do CNPJ, emissão de notas fiscais, guia para pagamento do imposto todo mês, declaração anual, além de atendimento para empresas que contratam MEIs.
“Hoje, a ‘pejotização’ é uma realidade. Muitas empresas nos procuram porque estão perdidas, querem contratar alguém no regime MEI, um prestador de serviço, mas não sabem como. Fora isso, nossa plataforma tem um conjunto de ferramentas para ajudar na gestão: controle de caixa, contas a pagar e a receber, controle de estoque, cadastro de clientes e produtos, tudo para facilitar o dia a dia do MEI”, descreve Gruner.
“Quando falamos em MEI, não podemos criar nenhuma solução muito rebuscada, porque esse público gosta de tudo muito simples, muito prático; boa parte não tem habilidade também, então não podemos querer criar soluções ‘ultramegahitechs’, que não são a cara do nosso público.”
A OpenMEI está já há um ano passando por aceleração na Hotmilk, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Por enquanto, vem crescendo apenas com capital próprio, estratégia que em breve deve mudar. “Estamos começando a nos preparar para a primeira rodada (de investimentos), porque estamos lançando dois novos produtos dentro da OpenMEI, a conta digital e um marketplace, focados em MEI. Como são negócios que acreditamos que serão grandes, entendemos que precisam de um capital maior”, argumenta o CEO.
A OpenMEI chegou a oferecer pacotes mensais, que não deram certo devido à inadimplência. Hoje, os MEIs têm duas opções de pacotes anuais, de R$ 99,90 e R$ 199,90 por ano. “Mas se a pessoa quer só ajuda para abrir o MEI, fazemos isso sem cobrança. Como eu falei, muita gente ainda tem dificuldade, então fazemos isso de uma forma social”, diz Gruner. Outra iniciativa nesse sentido é o apoio ao Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional em atendimento pediátrico: a cada assinatura contratada na OpenMEI, parte do valor é revertida para a instituição.
Hoje perto de 1,5 mil usuários, a OpenMEI tem crescido cerca de 30% ao mês e planeja chegar ainda este ano a 2,5 mil clientes. Até o final de 2022, a meta é atingir ao menos 10 mil usuários em todo o Brasil. Para isso, além de novos produtos e de rodadas de investimentos, a startup aposta numa estruturação maior dos setores de divulgação e comunicação, após aparecer mais na mídia este ano ainda de forma “bem orgânica”. “Quando as pessoas começam a entender nossa proposta de valor, dá um match muito legal”, finaliza Gruner.
Fonte: Portal Futurista
Deixe um Comentário