25/08/2020
Com os protocolos de segurança e de saúde para a retomada parcial da economia durante a pandemia da Covid-19, as indústrias precisarão analisar seus indicadores de maneira diferente, afinal, haverá necessidade de escalas de trabalhadores em alguns parques fabris e isso pode impactar até mesmo no que chega ao consumidor.
Por isso, a importância em resgatar os ensinamentos de Robert Kaplan e David Norton, os pais da metodologia Balanced Score Card (BSC), que disseram que “o que não é medido não é gerenciado”. E gerenciamento neste momento vai definir o quanto uma empresa conseguirá reagir aos impactos da pandemia mundial.
O diretor comercial da WCA Inteligência Comercial, Wan Ming Chung, separou alguns dos mais importantes indicadores industriais para o “novo normal”. São eles:
- Eficiência global dos equipamentos (OEE) – mede a eficiência das máquinas, pois abrange pilares da operação de qualquer tipo de negócio, que são:
- disponibilidade – frequência de produção de uma máquina sem parar por quebra ou falta de insumo;
- desempenho – produção na quantidade prevista e no tempo ideal;
- qualidade – quantidade de produtos entregue ao cliente com sucesso.
- Horas trabalhadas – essa métrica avalia as horas gastas pelos colaboradores nas atividades de produção. Com o rodízio de funcionários ou menor jornada, este indicador é importante para que a empresa possa atender todas as solicitações do mercado.
- Quantidade de produtos produzidos – esse indicador é um dos mais importantes, pois mostra em números absolutos o quanto a linha de produção consegue obter resultado. No caso de rodízio de funcionários, é possível comparar grupos de turnos diferentes, descobrindo qual produz mais.
- Tempo Médio de Reparo (MTTR) – avalia o tempo gasto na reparação de uma máquina após alguma falha. Considerando que neste momento o parque fabril certamente está trabalhando de uma maneira diferente da usual, é preciso adaptar os processos de produção ao “novo normal” e este indicador pode ajudar.
- Capacidade instalada – com jornadas diferenciadas, é importante saber se as máquinas estão sendo aproveitadas de forma plena, além de todos os outros recursos que envolvem a produção. Este indicador compara capacidade de produção x o que foi produzido, dessa maneira, os gestores podem escolher as melhores maneiras de retomar a produção com melhor aproveitamento.
Diferentes, mas igualmente importantes
Deu para perceber como cada indicador é importante e que neste momento de incertezas, eles serão fundamentais para auxiliar em qualquer tomada de decisão. No entanto, é possível perceber que embora igualmente importantes, eles são bem diferentes. Um mede horas, outro capacidade produtiva, e ainda tem aquele que mede três pilares diferentes em um único indicador.
No mundo real, geralmente essa análise é feita em planilhas e com inúmeros indicadores de naturezas diferentes. “O grande problema está em interpretar se aquele determinado indicador está sendo ou não eficiente frente ao que foi planejado, ou seja, as planilhas não facilitam o trabalho de monitoramento da eficiência para atuar durante e não analisar e atuar no que já passou”, explica Chung.
Outra grande dificuldade é a mensuração do desempenho de contexto, que é composto pela eficiência de um conjunto de indicadores.
Já no mundo ideal, é possível aliar a análise de desempenho à tecnologia, ganhando tempo e minimizando possíveis erros.
Isso é possível através de soluções tecnológicas que fizessem com que todas as planilhas contendo dados de todos os indicadores acima fossem convertidas em um único dashboard. Segundo o diretor, traduzir os indicadores em notas de 0 a 10 ou em cores intuitivas fariam com que facilmente os dados pudessem ser compreendidos. “Dessa maneira, um gestor pode rapidamente descobrir qual turno, por exemplo, não está produzindo o esperado e assim, pode agir, evitando prejuízos neste momento tão delicado”, finaliza.
Fonte: CIMM
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