27/06/2022
Já pensou em ter ou ser um profissional que avalia e otimiza sistemas para que a confiabilidade traga o desempenho e os resultados que a indústria tanto precisa? Ele existe: é o engenheiro de confiabilidade.
Ainda não existe uma graduação que forme esses profissionais de maneira direta. “Normalmente, eles cursam alguma modalidade da engenharia, como a de software ou a de produção, ou ainda tecnologia da informação e, na sequência, se especializam por meio de uma pós-graduação em engenharia de confiabilidade”, explica Cassiana Fagundes da Silva, coordenadora dos cursos de graduação de Engenharia de Software, Engenharia de Produção, CST em Logística e Sistemas de Informação das Faculdades da Indústria, do Sistema Fiep, em São José dos Pinhais (PR).
Como a Engenharia da Confiabilidade é vista no mercado
“A área é muito importante para as empresas e indústrias. Os conceitos, métodos e técnicas inerentes à engenharia de confiabilidade servem como elemento de apoio nas tomadas de decisões durante os processos de gestão de ativos, de desenvolvimento de produtos, de análise de risco e operação dos sistemas técnicos. Tudo isso em busca do aumento de disponibilidade e produtividade”, explica Cassiana.
De acordo com uma pesquisa da Dynatrace, empresa líder em inteligência de software, feita com mais de 450 engenheiros de confiabilidade de grandes corporações focados em sites pelo mundo, 88% deles acreditam que há mais entendimento sobre a importância estratégica do seu papel atualmente do que havia três anos atrás; 68% esperam que seu papel no quesito segurança venha a ser um dos pontos centrais no futuro.
A pesquisa aponta que os profissionais da área deverão assumir, cada vez mais, papéis estratégicos nas operações, uma vez que as empresas encontram uma necessidade crescente de tudo o que é necessário para acelerar a transformação digital dos negócios. No release que acompanha a pesquisa, o fundador e diretor da Dynatrace reforça que “o profissional de engenharia de confiabilidade é peça central para impulsionar uma transformação digital mais rápida”.
“Quando é compreendida a importância de inserir a engenharia de confiabilidade na empresa ficam claras tanto as vantagens como as consequências de não aderir a essa metodologia. Para uma indústria crescer e se consolidar no mercado em que atua é preciso buscar constantemente por melhores resultados, superar a expectativa do cliente e encontrar soluções que diminuam o índice de desperdícios e mantenham a qualidade do produto. Diante disso, é necessário investir na aquisição de ferramentas tecnológicas e, sobretudo, fazer uso de metodologias que auxiliam na procura de soluções que garantem o crescimento e desenvolvimento da empresa”, complementa a coordenadora.
Os desafios do profissional na indústria 4.0
De acordo com 99% dos profissionais entrevistados na pesquisa da Dynatrace, os desafios existem. Para 64% deles, é o fato de ter muitas fontes de dados. Ou seja, uma plataforma unificada seria o melhor caminho a seguir. Outro ponto é o uso de automação em todas as partes do ciclo de vida do processo produtivo. Assim, as informações de todas as etapas podem ser consideradas, e não apenas parte delas.
Para Cassiana, na realidade da indústria brasileira, “um dos grandes desafios é a busca pela excelência e a redução de custos, que fazem parte da rotina de um empreendedor. Nesse sentido, a confiabilidade é o que garante a satisfação do cliente e, quando a empresa consegue alcançar um nível de excelência, sem elevar os gastos, o retorno é ainda mais positivo. Sem contar que quanto maior for a qualidade do produto melhor será a aceitação do público e menos gastos se tem com manutenções corretivas”.
Como se manter atualizado em uma área cheia de transformações
Como em todas as áreas de atuação, a atualização depende diretamente da vontade de cada um. Para os engenheiros de confiabilidade, Cassiana reforça que é necessário expandir os horizontes. “É importante sempre realizar cursos em diversas áreas de conhecimento relacionadas ao negócio no qual atua, não somente na de confiabilidade”, completa.
Fonte: Industria 4.0
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