04/10/2021
Maior exposição do mundo começa nesta sexta-feira (1º) para mostrar iniciativas e tecnologias que transformarão o futuro. CNI levará missão empresarial para prospectar negócios para o Brasil
Em meados do século 18, o mundo testemunhava a Revolução Industrial ganhar velocidade. A máquina a vapor levou a produção, antes manual, para dentro das fábricas. Novos produtos surgiam, feitos em tempo cada vez menor e escoados a locais cada vez mais distantes por locomotivas sobre uma malha crescente de trilhos. Berço de avanços tecnológicos que transformavam a sociedade em ritmo sem precedentes, a Inglaterra se mexia também para mostrar ao mundo seu protagonismo como primeira potência industrial da história.
Nascia, assim, em 1851, a Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações. De maio a outubro daquele ano, países – principalmente, a própria Inglaterra – desfilaram inovações e invenções, numa mostra do poder transformador da tecnologia para o futuro das pessoas. Lá, máquinas têxteis, telégrafos, microscópios e outras novidades, como a borracha vulcanizada, foram apresentadas a mais de 6 milhões de visitantes durante o evento, estabelecendo o padrão para as Grandes Exposições que viriam a ocorrer nos 170 anos seguintes.
Sua mais recente mostra, aliás, abre as portas nesta-sexta (1º), nos Emirados Árabes Unidos. Com o tema “Conectando Mentes e Criando o Futuro”, a Expo Dubai 2020 – a edição foi adiada por conta da pandemia da Covid-19 – abrigará mais de 200 pavilhões de 192 países sob os pilares Mobilidade, Sustentabilidade e Oportunidade. Além de apresentar o estado da arte da ciência e da tecnologia, a exposição será também um espaço propício para governos e empresas realizarem prospecção comercial e em investimentos.
“Embora as Expos sejam eventos, principalmente, para países promoverem sua imagem para o mundo, para o setor privado representam oportunidades de negócios, investimentos e de estreitamento de contatos por reunirem autoridades e lideranças empresariais num único local”, explica o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que liderará uma missão prospectiva de 300 empresários e lideranças institucionais a Dubai, entre 11 e 20 de novembro.
Oportunidades em Dubai para empresas brasileiras
Misto de representação política e institucional da indústria com prospecção de negócios, a missão liderada pela CNI consistirá uma série de eventos para orientar o empresário interessado sobre perspectivas e oportunidades nos Emirados Árabes Unidos, aspectos sociais e culturais a serem considerados nas negociações com empresários árabes e dicas sobre o que se precisa saber para exportar para e importar dos EAU e sobre como abrir uma operação ou receber investimentos árabes.
A gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha, destaca que a missão empresarial ganha em relevância por representar a retomada da participação presencial de empresas e entidades setoriais em grandes feiras e exposições internacionais, interrompidas desde o início da pandemia de Covid-19. Segundo ela, a missão brasileira será uma das maiores presentes em Dubai.
“Ações que consolidam a promoção da imagem país, com encontros empresariais e de relacionamento permitem um acesso mais estratégico e planejada a novos mercados de atuação”, afirma.
Com encerramento marcado em 31 de março de 2022, a exposição é a primeira do tipo realizada no Oriente Médio, África e Sul da Ásia e terá duração de seis meses. Pela primeira vez, cada um dos 192 países participantes terá o próprio pavilhão, cada um propiciando ao visitante uma experiência que busca promover sua imagem país – o chamado nation branding. A programação contará com semanas temáticas voltadas aos desafios e oportunidades atuais, como clima e biodiversidade, desenvolvimento rural e urbano, tolerância e inclusão, e água.
A área de 4,38 quilômetros quadrados – o equivalente a 400 campos de futebol – está organizada em um grande pavilhão central e três pétalas, cada uma com os pilares da Expo Dubai: Oportunidade, dedicado a iniciativas que estão transformando o presente e o futuro; Mobilidade, onde se mostrará as conexões – físicas e digitais – entre pessoas para a construção de um mundo mais harmonioso; e Sustentabilidade, onde está o pavilhão do Brasil, e no qual serão mostradas tecnologias e o que países estão fazendo para o desenvolvimento sustentável.
Rede CIN oferece serviços para internacionalização de empresas de todos os portes
Coordenada pela CNI, a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) promove a internacionalização das empresas brasileiras por meio de um conjunto de serviços customizados.
Formada por especialistas em comércio exterior, a instituição junto com as federações das indústrias dos estados atendem empresas de todos os portes e oferece serviços como a consultoria gratuita Ajude Aqui; capacitações empresariais sobre internacionalização; emissão do Certificado de Origem Digital; análise e prospecção de mercado customizadas para cada empresa; e promoção de negócios.
Com o apoio dos CINs, as empresários adquirem o conhecimento e as condições desejáveis para uma entrada segura e bem-sucedida em mercados globais cada vez mais competitivos, cientes das reais oportunidades de negócios e relacionamentos com clientes e parceiros no exterior. Acesse o portal da Rede CIN e saiba mais.
Fonte: CNI
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