26/08/19
Grande parte das PMEs ainda não tem websites, redes sociais e informações básicas, como telefone e endereços, disponíveis no meio digital, aponta diretor da Google.
Segundo Rodrigues, no último ano, mais de 600 mil empresas nacionais criaram um site por meio do Google Meu Negócio
Mesmo com consumidores cada vez mais adeptos às pesquisas de preços e às avaliações online, a maior parte das pequenas e médias empresas (PMEs) ainda não investe no ambiente digital. A falta de estratégias online e a preferência por uma publicidade mais tradicional podem prejudicar a atratividade de clientes.
A análise é do diretor de customer solutions da Google para a América Latina, Rodrigo Rodrigues. Segundo ele, por uma questão cultural, as empresas menores têm certa dificuldade em ver o poder e o alcance do online em relação ao ganho de clientes. “As PMEs brasileiras ainda estão acostumadas a investir em publicidades regionais, como panfletos e revistas locais.”
O fato de não estarem presente nos sites de pesquisas ou nos aplicativos, não terem um website ou até mesmo uma rede social, pode trazer impactos negativos na atração de consumidores, explica Rodrigues.
“No online, é possível ser mais assertivo. A empresa aparece para o consumidor que tem potencial e que realmente quer comprar o produto”, avalia. Ele explica que as propagandas regionais ou de pequena circulação não conseguem o mesmo resultado, tendo em vista que em nenhum dos casos é possível selecionar somente as pessoas interessadas.
Outro ponto positivo em ter um bom posicionamento na web é a busca do consumidor. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria de negócios Provokers, 96% dos brasileiros – com acesso à internet – pesquisam nas ferramentas digitais os produtos e serviços de pequenas e médias empresas antes de fechar negócio.
Destes, 77% consideram os comentários de usuários, 75% procuram por descontos e novidades e 64% pesquisam para ver horários de funcionamento.
Em relação às PMEs, no entanto, somente 60% têm presença na web. Nos 40% restantes, existem empresas que nem mesmo as informações básicas de contato, como telefone e endereço, disponibilizam no online, conforme explica Rodrigues.
Segundo ele, há alguns anos, as empresas precisavam planejar seus sites, fazer campanhas e criar estratégias para os termos de buscas (palavras-chave que usuários utilizam para pesquisar determinado tema). “Agora, os processos estão bem mais simples. Para estar presente no Google Maps, não é preciso ter um site, por exemplo”, diz.
Presença digital
O ponto-chave para que as PMEs percebam a importância do ambiente online, segundo Rodrigues, é se colocar no lugar do usuário. “Compreender que o consumidor passa cada vez mais tempo no celular ou usando as ferramentas digitais pode ajudar a entender o potencial da web.”
Para os próximos anos, o especialista espera um aumento de pequenas e médias empresas no online. Isso porque, segundo Rodrigues, no último ano, mais de 600 mil empresas nacionais criaram um site por meio do Google Meu Negócio – ferramenta gratuita que permite o cadastro de informações básicas, como endereço, telefone e horário de funcionamento.
De acordo com ele, além da criação de sites e da inserção de informações na web estarem mais simples, após experimentarem alguns benefícios com o melhor posicionamento virtual, as empresas sempre querem mais. “Quando as companhias percebem as vantagens na atração de clientes, é inevitável que continuem investindo nisso”, afirma.
Fonte: DCI.
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