19/07/2021
Somente nos últimos quatro anos, o Programa de Empreendedorismo e Inovação (Proem) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) apoiou 80 empreendimentos no campus de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro). Em 2020, as 19 empresas da Incubadora de Inovação Tecnológica da instituição geraram 36 postos de trabalhos e um faturamento de R$ 2,5 milhões.
Estima-se que os projetos apoiados pela incubadora desde sua implantação, em 2008, faturem hoje R$ 12 milhões e ofereçam 160 empregos formais à região.
Entre as iniciativas que nasceram na UTFPR, está uma das principais empresas de tecnologia da cidade: a ForLogic, que se dedica à produção de softwares na área de gestão de qualidade. “Uma incubadora é ótima opção para peneirar projetos, para ver quem está realmente interessado. Ela encurta caminhos do ponto de vista da validação de produtos, porque você tem em sua volta a opinião de outras pessoas, porque você erra mais rápido”, afirma o fundador Jeison Arenhart De Bastiani.
A ForLogic foi uma das primeiras empresas apoiadas pela universidade, antes mesmo da inauguração da incubadora. “Meus primeiros conhecimentos sobre o que é empreender, eu tive na incubadora. Ela dá para a gente um grau de urgência para geração de negócios. É algo que eu não tinha”, conta Bastiani, que hoje mantém uma spin-off no local.
O novo negócio visa soluções para a gestão do tempo nas empresas. “Se eu tivesse braço, eu incubaria mais projetos”, declara.
Atualmente, a empresa de Cornélio Procópio está no programa Scale-Up de aceleração da Endeavor. E, neste ano, segundo o fundador, já cresceu mais que em todo o ano passado. O negócio emprega 80 pessoas e conta com clientes em todo o país. “Ninguém ficou bilionário, mas somos superavitários. E ainda não pegamos investimentos externos por uma questão de estratégia”, conta.
Se comparada à ForLogic, a Méson Technology ainda está dando os primeiros passos. Mas a startup apoiada atualmente pela incubadora também cresce em ritmo acelerado. No ar há cerca de um ano, o aplicativo da empresa, o MobFix, já tem 360 usuários na cidade e acaba de receber R$ 200 mil de um investidor-anjo que não pode ter o nome revelado.
Por meio do aplicativo, é possível agendar serviços de lavagem e estética de veículos. “Com esse investimento, vamos conseguir chegar ao mercado londrinense em breve”, conta o CEO e fundador Jonathan Richard Cottingde Andrade Ferreira, que é estudante de engenharia mecânica na universidade. “Estamos implementando novas funcionalidades para melhorar a experiência do usuário”, afirma.
Além do agendamento e do pagamento do serviço pelo software, a startup oferece a possibilidade de um profissional buscar e entregar o veículo para o cliente. Atualmente, há 12 estabelecimentos cadastrados no aplicativo. “A ideia é fazer uma plataforma global de serviços. Estamos estudando expandir para outras atividades, como troca de óleo, alinhamento, balanceamento”, conta.
HUB REGIONAL
O diretor de relações empresariais e comunitárias da UTFPR de Cornélio Procópio, Felipe Haddad Manfio, explica que, para receber o apoio da incubadora, o negócio tem de estar relacionado às áreas de atuação da universidade, que são mecânica, elétrica e computação. “Nosso objetivo é consolidar a região de como um polo de inovação”, afirma. Para isso, a incubadora tem buscado projetos fora da cidade. “Atraímos empresas de São Paulo, Curitiba e Londrina”, conta.
A pandemia do novo coronavírus reduziu o ritmo de desenvolvimento da instituição, que deve inaugurar em até dois anos as primeiras instalações de um parque científico-tecnológico. “É um projeto que fazemos juntos com outras entidades, que vai centralizar e organizar o ecossistema de inovação num mesmo local”, explica.
Fonte: Portal Futurista
Deixe um Comentário