12/08/22
Um dos fatores mais importantes para uma empresa crescer é a automação das operações administrativas. E a solução mais completa nesse sentido é adotar um sistema integrado de gestão, ou ERP (sigla em inglês para Planejamento de Recursos Empresariais), como é mais conhecido.
O ERP é um software que automatiza e integra todas as rotinas empresariais, como gestão do relacionamento com clientes (CRM), compras, vendas, contas a pagar, contas a receber, emissão de notas fiscais, controle de estoque e departamento financeiro.
Esse tipo de sistema substituiu o trabalho humano em tarefas repetitivas e burocráticas, elimina erros, agiliza processos e aumenta a produtividade. Além disso, fornece relatórios de gestão e desempenho em tempo real, dando aos administradores uma visão ampla do que está ocorrendo na empresa e ajudando-os a tomar decisões melhores e mais rápidas.
Segundo Marcelo Lombardo, fundador e CEO de um dos principais softwares de ERP do País, o Omie, a ferramenta constitui o alicerce para uma PME crescer de forma eficiente. Em uma analogia com a aviação, Lombardo diz que adotar um sistema integrado de gestão é como deixar de fazer voo visual e passar a voar por instrumentos, que permitem ir muito mais longe e atravessar tormentas com segurança.
O ERP aumenta a eficiência sobretudo das operações que têm múltiplos desdobramentos, como a compra de um insumo ou a venda de um produto. Veja alguns procedimentos que o sistema automatiza nesses casos:


Mais simples e acessível
Até alguns anos atrás, os sistemas de ERP eram caros e complexos, ficando restritos somente às grandes empresas. A ferramenta exigia muita customização, integração com outros sistemas, investimento em servidores, aquisição de licenças de uso. Além disso, as interfaces de usuários não eram muito amigáveis.
A boa notícia é que esses obstáculos foram superados. Hoje, as empresas de ERP oferecem seus sistemas no modelo de assinatura, também conhecido como SaaS (Software as a Service), com hospedagem na nuvem. A arquitetura dos programas e as interfaces de usuário também se tornaram muito mais simples e amigáveis. E o preço ficou acessível.
Quanto custa?
A assinatura de um ERP em nuvem varia conforme o porte da empresa e as funcionalidades contratadas. Alguns fornecedores praticam valores de acordo com o regime tributário do cliente: microempreendedor individual (MEI), Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Os ERPs mais acessíveis cobram, em média, as seguintes mensalidades:
■ MEI: a partir de R$ 150
■ Simples Nacional: a partir de R$ 400
■ Lucro real ou presumido: a partir de R$ 600
Fornecedores de ERP
Existem dezenas de opções de ERP por assinatura no País. Entre os mais conhecidos e utilizados estão Oracle, SAP, TOTVS, Nomus, Linx e Conta Azul. A lista inclui também o Omie, que mantém uma parceria com o Itaú Unibanco no projeto Itaú Meu Negócio e oferece condições especiais a clientes do banco.
Como implantar
A implantação do ERP pode acontecer de forma gradual, com uma operação de cada vez, ou de forma integral desde o início. O CEO da Omie recomenda o segundo caminho. “A gente indica adotar tudo de uma vez”, afirma Lombardo. “Assim, uma operação vai empurrando a outra de forma automática, o sistema gera ganhos de escala rapidamente e o benefício é maior.”
Mas há quem prefira a adoção gradual. Nesses casos, segundo o CEO da Omie, a sequência mais comum é automatizar sucessivamente a gestão financeira, o controle de estoque, o controle de ordens de serviço e, na sequência, as demais rotinas administrativas.
A Datum TI, empresa de tecnologia que desenvolve softwares para bancos, grandes redes de varejo e outros segmentos, adotou o ERP no início deste ano, com foco na gestão financeira. Com sedes em Porto Alegre e no Canadá, a empresa emprega 300 pessoas.
“A ferramenta automatizou a interação com o banco e todo o trabalho de conciliação bancária. Além disso, fornece relatórios elásticos que ajudam muito na gestão do negócio”, afirma Alexandre Zanetti, CEO da Datum. “Com isso, conseguimos eliminar os erros comuns em operações manuais – e os funcionários que antes faziam isso puderam assumir um papel mais tático e estratégico.”
Fonte: Revista PEGN
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