Propriedade intelectual é uma parte importante no processo de gestão de inovação. No entanto, é comum que ela só apareça na hora de avaliar se a solução pode ser protegida. Ou seja, lá no final do processo da solução inovadora. Com certeza, esse momento é importante, mas não é o único.
A análise de propriedade intelectual tem que estar em três fases do processo de inovação. Começando com a identificação de oportunidades e seguindo na criação de conceitos e proteção dos ativos.
Identificação de oportunidades
A ISO 56002, que trata de sistemas de gestão da inovação, traz o funil de inovação como a base do sistema. Dessa forma, é por meio desse funil que entram ideias e saem soluções inovadoras.
O funil de inovação é formado por algumas etapas:
- Identificação de Oportunidades
- Criação de Conceitos
- Validação de Conceitos
- Desenvolvimento
- Implantação
Portanto, é na primeira etapa do funil que você deve começar a análise de propriedade intelectual. Na Identificação de Oportunidades podemos fazer uma prospecção tecnológica em banco de patentes para observar como anda o mercado.
Assim, podemos ampliar nosso roadmap e quais são as principais tendências de trajetórias tecnológicas.
Criação de conceitos
A segunda opção de usarmos PI, é na fase de criação de conceitos. É nessa fase em que desenhamos o MVP. Assim, recorremos à propriedade intelectual para verificar se não estamos infringindo nenhuma PI já protegida.
Será que ninguém teve a mesma ideia que a sua, mas protegeu antes? Esse é o momento de fazer essa análise. Antes mesmo de validar qualquer coisa. Ou seja, é muito importante para você não perder tempo e dinheiro.
Acho algo? É o momento de pensar no avanço tecnológico. Não encontrou nada? Excelente resultado! Só lembrando que não estou falando de uma pesquisa no google. É pesquisa em banco de marcas ou patentes.
Dessa forma, passada a identificação de oportunidades, onde começa o funil. E a criação de conceito, onde fazemos o MVP, o projeto vai para as etapas de validação de conceitos e desenvolvimento da solução. .
Implantação da solução – Proteção dos ativos
Ao final do processo de inovação, ou seja, na saída do funil, a propriedade intelectual deve aparecer novamente. Dessa vez para proteger os ativos que foram gerados. Pode ser uma patente, uma marca, um desenho industrial, cultivar etc.
A dica é: procure uma consultoria especializada e de confiança para avaliar o potencial da proteção. Esse tipo de serviço não pode te garantir se vai dar certo ou não, pois há sempre uma análise do INPI. No entanto, a consultoria pode avaliar os critérios de cada tipo de proteção e dizer se sua solução é compatível.
Propriedade intelectual e inovação aberta
Quando uma empresa vai fazer uma parceria, precisa também se atentar às questões de propriedade intelectual do parceiro. E essa é uma conversa que tem que acontecer no começo da relação. Afinal, vocês podem acabar por desenvolver algo em conjunto. E nesse caso, o direito é de quem?
Assim, para conduzir esse tipo de relação existem os contratos e termos de cooperação. Eles já devem estabelecer como será tratada a possível propriedade intelectual gerada. Por isso, são fundamentais para evitar conflitos futuros. Mais uma vez, a dica é encontrar um especialista nessa frente para estabelecer esses termos.
Portanto, a propriedade intelectual está conectada ao processo de inovação para além da proteção do que é gerado. Além disso, os bancos de patentes são fontes de informação valiosa. Que podem encurtar caminhos. E dar direcionamentos. Uma corporação que quer inovar, precisa aprender a trabalhar com isso.
Fonte: Vlinder Inovação
Deixe um Comentário