21/09/2021
Os gastos com energia elétrica estão entre os principais componentes das planilhas de custos das indústrias. Esse é um fator que ganha ainda mais relevância em períodos como o atual, em que o país enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, elevando significativamente as tarifas de energia. Para reduzir esses custos e gerar mais competitividade para as empresas, a adoção de medidas de eficiência energética passa a ser estratégica para o setor industrial.
Para auxiliar as indústrias paranaenses nessa área, o Sistema Fiep lançará o Programa de Eficiência Energética, que disponibilizará capacitações e consultorias para que as empresas implantem soluções que reduzam seus gastos com energia. A iniciativa, que foi idealizada pelo Conselho Temático de Energia da Fiep e conta com apoio técnico do Senai, foi apresentada durante a reunião de diretoria da Federação nesta terça-feira (14). A previsão é que o programa seja lançado em meados de outubro, com a realização de eventos de divulgação regionais em parceria com as Casas da Indústria e os sindicatos.
“A eficiência energética tem que ser trabalhada dentro das indústrias observando os motores elétricos, sistemas de iluminação, ar comprimido, refrigeração e climatização, aquecimento e bombeamento”, explica o coordenador do Conselho Temático de Energia, Rui Londero Benetti. “Esses são os principais pontos em que uma indústria pode fazer intervenções para obter um resultado de economicidade, mudando equipamentos ou horários de funcionamento, por exemplo”, acrescenta.
Cursos
Essas ações, no entanto, muitas vezes dependem de mudanças na cultura organizacional da empresa, alterando o entendimento de colaboradores e gestores. Justamente para sensibilizar e transmitir orientações gerais às indústrias em relação ao tema, uma das primeiras ações do Programa de Eficiência Energética será a disponibilização de uma trilha formativa online que está sendo finalizada pelo Senai.
A intenção é mostrar que as empresas devem estar atentas às oportunidades de economia de energia que podem ser feitas por meio de ajustes em suas linhas de produção ou de investimentos para modernização de equipamentos ou sistemas. A trilha será composta por seis cursos rápidos, cada um com duração de uma ou duas horas, abordando temas como a economia nos pequenos detalhes, o gerenciamento de energia, o funcionamento do sistema tarifário, linhas de financiamento para investimentos na área e possibilidades de geração distribuída.
Posteriormente, o Senai também ofertará um curso para formar profissionais que possam atuar nas empresas na área de eficiência energética. Também serão produzidas micropílulas em vídeo, com duração de até 5 minutos, que levarão informações sobre o assunto às indústrias.
Consultorias
Além disso, o programa ainda prevê a realização de consultorias nas indústrias, em que técnicos do Senai vão realizar análises e diagnósticos nas companhias, identificando melhorias que podem ser feitas tanto sem custos adicionais quanto as que demandam maiores investimentos, como a troca de equipamentos. A consultoria também auxiliará as empresas na busca pelas melhores linhas de crédito de acordo com suas necessidades.
Para demonstrar o impacto que essas ações podem ter para as indústrias, o Senai realizou análises técnicas em algumas empresas que obtiveram economia de energia ao realizar mudanças em suas plantas. Entre os exemplos, uma indústria que investiu R$ 300 mil em seu sistema de iluminação, instalando lâmpadas mais modernas e reatores eletrônicos, conseguiu uma economia anual de R$ 190 mil em sua conta de energia. Um investimento que se pagou em apenas um ano e meio.
Acesse a apresentação para saber mais sobre os cursos da trilha formativa do Programa de Eficiência Energética e os cases de empresas que investiram para gerar economia de energia:
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