Um bate-papo entre Maria Eduarda de Sá Cavalcante, Head of New Business, Open Innovation & CVC da Natura, e Oscar Decotelli, CEO da DXA Invest, mediado por Julia de Luca, Global Venture Capital Coverage do Itaú BBA, abriu a tarde de palestras da plenária de Gestão & Soluções no Fórum E-Commerce Brasil 2023.
Entre os principais critérios de decisão de um investidor ou do setor privado está a capacidade de unir forças com pequenos desenvolvedores ou empresas para desenvolver ainda mais diferenciais em relação à concorrência, solucionar cada vez mais os problemas dos clientes e atender às suas necessidades de forma assertiva e adequada às tendências de ESG que vêm dominando o mercado de trabalho.
Fusões e aquisições, atualmente, são estratégias importantes para expandir o nível de serviço, atendimento e até da complexidade dos produtos. “Muitas vezes você tem especialista, mas não tem o conhecimento técnico”, explica Maria Eduarda ao remontar a trajetória da Natura no processo de digitalização. “Foi-se o tempo em que empresas faziam tudo sozinhas”, continua.
A lógica também reforça que, nem sempre, um budget totalmente direcionado aos times de tecnologia é o melhor caminho para explorar ao máximo o potencial das soluções e inovações propostas. “Hoje há valor também em quem aplica e quem sabe aplicar a tecnologia, não necessariamente criá-la”, diz Julia do Itaú BBA.
Com as recentes e constantes transformações no comportamento de consumo, a omnicanalidade, o nível de sustentabilidade da empresa e o impacto positivo do negócio no mundo e na vida das pessoas são características que ganharam força entre as prioridades dos consumidores. Para escalar a capilaridade do negócio e garantir o potencial competitivo das empresas, as fusões e aquisições, apesar de caírem 11,8% no Brasil no primeiro semestre deste ano, ainda superam pares globais, indica estudo divulgado pela consultoria Kroll.
Para Oscar, as soluções tecnológicas, principalmente entre os veículos de investimento, precisam ser democráticas, de fácil usabilidade para todos. Também é importante fomentar o ESG a partir do impacto positivo no setor social, econômico, ambiental ou de governança, como destacado pela executiva da Natura, Maria Eduarda: “se você quiser fazer algo mais barato e mais rápido, você estará fora do mercado imediatamente. Deve haver transformação”, reforça Oscar. “Só existe inovação quando ela traz impacto positivo”.
Fonte: Ecommerce Brasil
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