Em cada 10 startups mais promissoras em tecnologia da educação (edtechs) 4 são brasileiras. É o que mostra a premiação The Latin America EdTech 100, promovida pela HolonIQ, uma plataforma global em inteligência de impacto. Os dados correspondem ao perfil das empresas em 2023.

Entre as edtechs mais promissoras de 33 países da América Latina, 42% são brasileiras. O País é líder absoluto nesse ranking desde 2020, quando concentrava 37% delas. Segundo os dados da HolonIQ, depois do Brasil, as empresas de educação tecnológica que mais se destacam estão concentradas no México (18%) e na Argentina (11%).

Ainda de acordo com o levantamento da HolonIQ, 30% das edtechs premiadas, considerando toda a América Latina, foram fundadas nos últimos 3 anos, o que indica o imprescindível apoio ao estágio inicial dessas empresas na região. Em relação às soluções desenvolvidas para os segmentos de Ensino Fundamental (K12), Superior e Profissional (Workforce), Brasil e o México lideram por meio de startups mais maduras.

De acordo com a HolonIQ, o objetivo da premiação é identificar as mais promissoras startups em cada grande região do mundo. Para serem elegíveis, as startups devem ter menos de 10 anos, ter sede na região em questão ou estar predominantemente focadas no mercado competente, por exemplo, mais de 80% de receita e/ou de clientes em educação.

Elas também devem ser consideradas startups legítimas, ou seja, não terem sido adquiridas, serem subsidiárias ou listadas, e não serem controladas por um grupo de investidores, como por meio de aquisição por private equity ou investimento controlador.

A HolonIQ Education Intelligence Unit e especialistas de mercado selecionados avaliam cada organização com base na metodologia de pontuação de startups da HolonIQ. Em resumo, os critérios baseiam-se nas seguintes dimensões:

• Mercado: qualidade e atratividade relativa da categoria de mercado específica na qual a empresa atua;
• Produto: qualidade, singularidade e impacto do produto em si;
• Equipe: expertise e diversidade da equipe de liderança;
• Capital: saúde financeira da empresa e sua capacidade de gerar ou garantir financiamento suficiente;
• Momentum: mudanças positivas no tamanho, velocidade e impacto da empresa ao longo do tempo.

“No Brasil, as edtechs são catalisadoras da transformação digital da educação. Juntas, podem proporcionar soluções abrangentes para as principais dores do setor educacional, como iniciativas personalizadas e adaptáveis, permitindo que as instituições escolham o que melhor se encaixa em sua realidade, promovendo a inovação e a eficácia”, avalia Danilo Yoneshige, o CEO da Layers, startup de São Caetano do Sul, destaque na categoria “Management Systems”. É a terceira vez consecutiva que a empresa participa da premiação.

Para Yoneshige, as edtechs “têm contribuído para a expansão do acesso à educação de qualidade no país, promovendo a inclusão e aprimorando a eficácia do processo de ensino-aprendizagem” por meio de parcerias e de colaborações.

A Layers é a startup responsável por criar o “SuperApp da Educação” capaz de unificar todas as ferramentas de gestão da escola em um só ambiente online, com integração profunda a outros sistemas de gestão, além de acesso a ferramentas de comunicação, atendimentos e agenda. Com sua capacidade de integração, oferece a oportunidade de outras edtechs unificarem suas soluções e acessarem o mercado educacional, reforçando o verdadeiro significado de “all-in-one”. Já são 1900 instituições de ensino atendidas, 22 redes e mais de 750 mil alunos.

“Ao longo dos 5 anos de existência, a Layers tem o propósito de transformar a tecnologia na maior aliada do aprendizado, para que possamos construir uma educação mais inclusiva e personalizada. Entender que esse objetivo está ganhando repercussão internacional é uma satisfação enorme e nos mostra que estamos no caminho certo e vamos continuar”, declara Yoneshige.

Fonte: Mercado&Consumo